Conforme a discussão na seção 2.1, o espectro de energia do componente eletrônico dos raios cósmicos medido no topo da atmosfera terrestre oferece uma alternativa plausível, e no mínimo necessária, para se inferir a forma do espectro do componente síncrotron. Mas desta vez normaliza-se a amplitude da emissão Galáctica com o mapa de Haslam, que em 408MHz representa, principalmente, os elétrons com -GeV em campos magnéticos com intensidade -G,6 e cuja cobertura do céu é completa. Bennett et al. (1992; doravante B92) utilizaram este procedimento e atribuiram a variabilidade espacial de ao valor efetivo do campo magnético da Gálaxia, , que por sua vez seria ajustado segundo a distribuição espacial do índice espectral encontrada a partir dos mapas em 408MHz e 1420MHz. Na notação usual para o fluxo dos elétrons, , com , B92 ajustaram a quantidade a um polinômio de 5o grau em , tal que para uma distribuição de lei de potência seu índice espectral entre as energias e resultou em
Este ajuste seria válido para elétrons com energias e a partir de observações do espectro eletrônico na fase de mínimo solar para GeV, que implicam em Para elétrons com energias maiores sua distribuição em energia seguiria uma única lei de potência com . Segundo B92, os mapas da emissão Galáctica em 408MHz e 1420MHz resultam num valor para a mediana de G. Este valor foi utilizado uniformemente para , uma vez que não existe uma contrapartida do mapa em 1420MHz abaixo desta latitude que pudesse servir de referência para estimar a variabilidade espacial de . Na Figura 1.11 comparamos os índices espectrais dos componentes síncrotron e livre-livre a partir das equações (16) e (7) para um conjunto de freqüências espaçadas logaritmicamente de entre 408MHz e 1.000GHz.
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