A RCFM é observada em todas as direções do céu. A região do espaço-tempo de onde os fótons da RCFM provêm é denominada Superfície de Último Espalhamento (SUE), localizada em um redshift $z_{des} \approx 1100$ . Estima-se que o desacoplamento entre matéria e radiação ocorreu em um redshift $z_{des}$ dado por

$\begin{equation} 1+z_{des}\simeq 1100\left(\frac{\Omega}{\Omega_{b}}\right)^{0,018}, \end{equation}$

em que $\Omega$ é a densidade total e $\Omega_{b}$ é a densidade bariônica do Universo. Devido ao fato do desacoplamento não ter ocorrido instantaneamente, a SUE apresenta uma espessura em redshift de $\Delta z_{SUE}\approx 195$ e a SUE impõe uma distância limite à observação de fótons, de modo que a RCFM se constitui no observável de origem eletromagnética mais antigo e distante que se pode registrar. Veremos, a seguir, que tipo de instrumentação é utilizada para estudar a RCFM e que tipo de observações podem ser feitas.

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Carlos Alexandre Wuensche - Criado em 2005-06-02

Radiação Cósmica de Fundo em Microondas: Observações