Um simples cálculo pode demonstrar que a técnica de descontami-nação
por subtração direta dos componentes Galácticos é
inapropriada. Suponha que a intensidade de um componente Galáctico seja
conhecida com precisão absoluta numa freqüência , mas com um erro
na freqüência
. Se o objetivo for determinar o nível da
intensidade
numa freqüência
com um erro inferior
a
, então
Baseados em simulações, Brandt et al. (1994) concluem que uma
técnica multifreqüencial seria muito mais adequada para separar a RCF da
emissão Galáctica em escalas angulares de 1, mas só se o ruído
por pixel em cada freqüência for bem menor do que o nível de ruído
verificado nos experimentos atuais. O processo de descontaminação neste
caso consistiria em ajustar o sinal observado a um sinal composto pela RCF e
os componentes Galácticos numa determinada faixa do espectro e
em regiões com flutuações mínimas no sinal do céu. Porém, o processo
de extração da RCF é não-linear e sua viabilidade depende da
introdução de simplificações a
respeito do comportamento médio esperado dos parâmetros que
descrevem a natureza dos mecanismos de emissão. Segundo este enfoque,
na região do espectro onde a contribuição Galáctica é mínima, sua
remoção por esta técnica não funcionaria porque o espectro Galáctico se
aproxima de um espectro térmico.