A segunda limitação que degrada a qualidade de um mapa como os da
Tabela1.1 é o problema da
variação do espectro em regiões diferentes do céu. Para o mapa A, Yates
utilizou primeiramente um mapeamento auxiliar em MHz de
Baldwin (1955) para determinar a temperatura mínima no Hemisfério
Norte. A seguir, transformou as temperaturas obtidas em 178MHz em
temperaturas em 85MHz segundo uma relação linear a partir da razão
entre as temperaturas no mínimo e o gradiente espectral ao longo da Espora
Polar Norte. Para o mapa B, Landecker e Wielebinsky corrigiram
empiricamente as temperaturas de antena de Y67 (contaminadas pela
contribuição de lóbulos laterais) mediante a comparação direta com LW-I
na mesma freqüência, e aplicaram um índice espectral médio calculado
a partir de LW-I e LW-II para obter o céu abaixo de
em
150MHz. Já as temperaturas de brilho de LW-II e TB62 na região de
sobreposição fornecem um índice espectral que, ao transformar as
temperaturas em 178MHz, as torna em média 10% mais altas do que
as correpondentes em LW-II. Mas a discrepância é considerada
admissível segundo a incerteza na escala de temperaturas (
) nos dois mapeamentos.
Cane também notou que nos de declinação ao sul do Equador
Celeste, onde os mapeamentos M65 e MS73 se sobrepunham, as
temperaturas em 30MHz de M65 se apresentavam maiores do que as
extrapoladas a partir das obtidas em 38MHz de MS73. Para contornar
esta incompatibilidade os contornos em 30MHz foram modificados
linearmente, supondo correto o ponto zero da escala de temperatura em
38MHz. O fator de escala foi obtido mediante a comparação entre as
temperaturas do Pólo Sul Celeste no mapa em 30MHz e a medida
independentemente por Cane em 38MHz. No entanto, para os
contornos próximos ao Plano Galáctico, onde a diferença de contrastes
começava a introduzir efeitos não-lineares devidos à diferença de
resolução nos dois mapeamentos, deu-se preferência aos contornos
modificados de 30MHz. Estimou-se então
em
10%.
Embora o mapa D tenha sido obtido na sua totalidade na mesma
freqüência, Haslam e colaboradores determinaram sua escala de
temperatura e ponto zero por comparação com as observações
calibradas de forma absoluta de Pauliny-Toth e Shakeshaft (1962) em
404MHz
(na prática, uma grade de pontos espaçados de em declinação e
a
em
no intervalo
).
O procedimento começava por uma convolução dos mapas em
408MHz para a re-solução das medidas em 404MHz (HPBW =
). A seguir, as temperaturas nas duas freqüências eram
ajustadas linearmente após uma ligeira correção, com índice espectral
constante, das temperaturas de brilho em 404MHz. A média das
inclinações e a variação do ponto zero com a declinação forneciam então a
escala e o
nível de base para a conversão de temperatura de brilho em 408MHz.
A comparação das temperaturas de brilho de H-III com os valores calibrados
de forma absoluta por Price (1972), para uma grade de pontos (regiões de
separadas de
em
e
) do Hemisfério
Sul, sugere que o ponto zero de H-III possui uma incerteza
K.