Na história térmica do universo, segundo o modelo do Big Bang, qualquer liberação de energia num redshift teria sido retermalizada, introduzindo apenas um aumento generalizado da temperatura da RCF. Embora a RCF tenha-se desacoplado da matéria numa época relativamente tardia (), quando o efeito da expansão do universo o teria tornado opticamente fino aos fótons primordiais, seu espectro carrega informação sobre a energética do universo desde um redshift , ou aproximadamente 1 ano após o Big Bang. Já no intervalo , sendo , equilíbrio estatístico, mas não termodinâmico, pode ser reestabelecido, implicando num número de ocupação para os fótons dado por
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Em épocas mais recentes, a reionização no universo devido ao aquecimento do meio intergaláctico pela primeira geração de estrelas e galáxias também pode ter causado distorções espectrais na RCF. Neste caso, o espalhamento Compton inverso dos fótons da RCF pelos elétrons quentes (K) com densidade do meio intergaláctico (Sunyaev e Zeldovich 1980) produziria um decremento espectral equivalente ao dobro do parâmetro de Compton. Mas como o limite superior imposto pelo experimento FIRAS a bordo do COBE para o aquecimento Compton se traduz em , restaria a alternativa da reionização ter ocorrido em . No entanto, esta diminuição de acaba favorecendo o resfriamento do plasma (K) pelo processo livre-livre e, portanto, a correspondente distorção, cuja amplitude (Bartlett e Stebbins 1991). Uma detecção da assinatura livre-livre no espectro da RCF em baixas freqüências forneceria uma prova direta da fotoionização do meio intergaláctico pela radiação ultravioleta dos primeiros objetos colapsados.
O estudo da evolução do universo primitivo a partir das observações do espectro da RCF em baixas freqüências também implica em vínculos importantes para outros processos físicos, como a dissipação de energia por ondas gravitacionais e transições de fase. Por último, devemos mencionar que distorções espectrais decorrentes de potenciais químicos não-nulos podem ajudar a elucidar a natureza da matéria escura e o espectro de potência das flutuações de densidade no universo primitivo (Hu, Scott e Silk 1994).